domingo, 2 de janeiro de 2011

PRIMEIRA FAMÍLIA

Os ancestrais dos "Avelino", vindos de Portugal,  viviam na antiga Vila do Fanado, cujos descendentes se espalharam pelas cidades que se originaram do município de Minas Novas.


(Acima, uma árvore da nogueira, símbolo da família)


Para Teófilo Otoni, e depois para Itambacuri, onde chegou para trabalhar na construção da primeira igreja de Nossa Senhora dos Anjos, veio o cidadão Benedito Avelino, mais popularmente conhecido com "Tunico Pedreiro", que já era viúvo e trazia consigo os filhos Sérgio, Juca, Maria Amélia e Secundo.


Ao se estabelecer no então povoado de Inconjeque, contratado pelos padres capuchinhos que dirigiam a missão indígina dos Xavantes, deu início às obras idealizadas por aqueles religiosos, durante as quais esse pedreiro ficou conhecendo o Padre Adrião Mello, que havia chegado de mudança, vindo de Minas Novas, trazendo suas irmãs Maria Mello  (solteira) e Jacinta Mello Nogueira que lá naquela cidade havia ficado desamparada (ela e os filhos) depois do falecimento de seu jovem esposo de nome Benedito dos Reis Nogueira. Benedito dos Reis Nogueira era irmão de Sérgio dos Reis Nogueira,  Cândida dos Reis Nogueira (Dona Candixa), Achilles dos Reis Nogueira e Luiza dos Reis Nogueira, membros da tradicional família que dominava politicamente a região, pois eram todos filhos legítimos do Coronel José Bento Nogueira  (o famoso ZÉ BENTÃO) que teria deserdado aquele filho mais novo, justamento pelo fato de haver-se casado com uma filha de seu adversário, da família Mello, liderada pelo Cônego Pacífico Peregrino e Silva, tio do Padre Adrião de Mello, Maria e Jacinta.

A Dona Candixa (Cândida dos Reis Nogueira) era a mãe da Dra. Alzira Reis, aquela mulher minasnovense que se tornou a primeira eleitora brasileira e a primeira mulher mineira a se formar em medicina, ousadia que lhe custou -igualmente- o repúdio dos familiares que não admitiam tais avanços que desafiavam o machismo daquela época (1929), não permitindo que aquela profissional, recém formada, exercesse a profissão da medicina em sua cidade natal, quando ali não havia nenhum outro médico para socorrer a população do imenso município.

Eram filhos de Jacinta (Cincinta), a jovem Carolina (Quilota) e os menores José e Maria Aparecida que passaram a morar, todos juntos, no Colégio Santa Clara. 

Ao se mudarem para a "Mata", deixaram em Minas Novas quase todos os seus bens, trancados no velho "Sobrado dos Reis", imóvel que foi desapropriado em 1940 pelo prefeito-interventor Francisco Badaró Júnior (Dr. Chico Chibano) - primo carnal dos herdeiros - para ali construir o Grupo Escolar Coronel José Bento Nogueira, cujos direitos de propriedade jamais foram indenizados pelo Estado a seus legítimos herdeiros.

Dr. Alzira Nogueira Reis, por seu turno, foi uma das pioneiras da cidade de Teófilo Otoni, onde fundou a primeira unidade de pronto atendimento, com assistência obstetrícia (maternidade) e também o primeiro ginásio. Depois de se casar com um promotor de justiça, mudou-se para Araçuaí e de lá se transferiram para Niteroi (antiga capital do Estado do Rio) onde participou ativamente do progresso daquela importante região do Brasil, sendo venerada a sua memória em razão dos diversos benefícios prestados à população. 



Foto tirada na década de 1930, de uma procissão subindo o Morro do Santuário de Nossa Senhora dos Anjos.


Desse convívio familiar, casou-se Benedito Avelino, em segundas núpcias, com a jovem Maria Mello (a qual, logo depois passou a ser conhecida como Mariquinha Pedreira) e, desta união, nasceram-lhes os filhos Francisca (Chichica), Maria Nogueira (Maricota) e Antônio.

FRANCISCA MELLO AVELINO (CHICHICA) casou-se com Silvio Cardoso e tiveram os filhos MARIA DA CONCEIÇÃO (que se casou com o oficial de justiça José Esteves Guedes) e MARIA DE LOURDES (que se casou com o libanês Chafik Abu Kamel).


MARIA MELLO AVELINO (MARICOTA), casou-se com OLAVO CAMPANHA, de cujo casal nasceu o único filho Benedito (falecido ainda criança), tendo eles adotado o menor Pascoal Bailon de Almeida.


ANTONIO MELLO AVELINO DE SOUSA casou-se com a prima consanguínia CAROLINA de MELLO NOGUEIRA(QUILOTA), de cujo casal nasceram os filhos OSVALDO, JOSÉ PEDRO, SERAFINA, ROSARINHA, NINICO E ZINHA.

JOSÉ MELLO NOGUEIRA foi casado com Rita e tiveram os filhos MARIA AMÉLIA (casada com José Dias, fazendeiro em Guaratáia) e JACINTA (mãe de Lourdinha).

 ELCY DIAS FIGUEIREDO (ainda criança) que juntamente de seu esposo e mais dois filhos vieram a falecer em terrível acidente automobilístico nas proximidades de Governador Valadares, no qual se salvou a filha (única sobrevivente) Gabriela Dias Figueiredo (hoje casada com Fernando - Eng° da Cemig).

MARIA AMÉLIA e José Dias tiveram vários filhos, dentre eles WILSON DIAS (que se mudou para ser fazendeiro no estado do Pará  e ELCY DIAS FIGUEIREDO (casada com José Fernandes Figueiredo).

MARIA APARECIDA MELLO NOGUEIRA casou-se com VADINHO MIDDELFORFF (descendente de alemães, da colonia de Teófilo Otoni) e desse casal nasceram os filhos Edvaldo, Maria Clara e Irmengard (Dr. Irma).



OSVALDO NOGUEIRA DE SOUZA (filho de Antonio Mello de Souza e Carolina Mello Nogueira), nasceu em 31 de agosto de 1911 e faleceu, aos 70 anos, em 14 de novembro de 1981. Foi comerciante de cereais, sendo um dos grandes incentivadores, na região do Córrego do Engenho, dos Penas e do PoKim, no cultivo do café entre os pequenos produtores rurais, com eles fazendo parcerias no sentido da expansão dessa atividade. Foi pioneiro do futebol regional e um dos grandes defensores do famoso "Gostosão". Na política era ardoroso correligionário dos companheiros da gloriosa UDN e através desta legenda se elegeu para o cargo de juiz de paz, no qual teve a honra de ser indicado pelo Juiz Dr. Alair Costa (primeiro juiz togado) para representá-lo (por procuração) nas cerimônias de instalação da Comarca de Itambacuri, no ano de 1948. Casou-se, em ___/___/____ com AMÁLIA DE ALMEIDA (filha de Antônio Português e Dona Catarina Rodrigues da Luz).
São filhos do casal: RUBENS, CAROLINA, ANTONIO, OSWALDO, GILSON, JOSÉ, NILDA E NIÉCIO.

Osvaldo Nogueira de Souza (popularmente mais conhecido como "Vavinho"), ao lado de sua esposa Dona Amália de Almeida, em passeio às instalações do Serviço de Tratamento d'Agua do SAAE (Itambacuri).

Vavinho Nogueira, entre familiares em dia de aniversário de suas netas (gêmeas) 
Maria Tereza e Ana Gabriela.


Idem, em dia de aniversário do neto Aluízio Nogueira Marques (filho de Carolina e Alceu Marques)

Vavinho, (ajoelhado e o primeiro à esquerda), como atacante do antigo "Gostosão", time pelo qual era um dos mais entusiasmados defensores.


Acima, descontraidamente ao lado dos filhos Oswaldo (Beta), Nilda e Niécio, na sua mesa de jantar.



Osvaldo Nogueira (Vavinho) ao lado de sua esposa Dona Amália de Almeida

ABAIXO OS FILHOS DO CASAL:

Niécio, José, Gilson, Oswaldo, Carolina, Antônio e Rubens  
(Faltando Nilda)
Osvaldo, Antônio, Nilda, José, Rubens e Gilson 
(Faltando Carolina e Niécio)


JOSÉ PEDRO NOGUEIRA
não se casou mas deixou vários filhos naturais, com mais de uma de suas várias namoradas..

Zé Pedro entre os sobrinhos Rubens, Toninho, Osvaldo, Niécio e Gilson.

Zé Pedro, ao lado da sobrinha Nilda (filha de Vavinho) e da sobrinha-neta Cíntia (filha de Carolina e Alceu)
Nesta foto, em dia de confraterziação, aparecem o sobrinho Niécio (com o copo de cerveja) e Geraldo Mota (casado com sua sobrinha Nilda Nogueira)
 

SERAFINA NOGUEIRA DE SOUSA, nasceu em Itambacuri em 12 de outubro de 1922 e faleceu em 04 de julho de 1994. casou-se com GERALDO ALMEIDA (Geraldo de Civico), de cujo casal nasceram: Lau Peão, Carolina, Geraldinho, Lêda e Helena.



ZINHA (MARIA DOS ANJOS), casou-se com MANOEL ALVES DOS SANTOS (Neca de Ismael) e não tiveram filhos biológicos, tendo adotado os sobrinhos.

Na foto abaixo, Zinha Nogueira entre seu esposo Neca de Ismael e sua sobrinha Carolina (filha de Vavinho)

NINICO morreu ainda jovem, no estado de solteiro, quando participava de treinamento para se ingressar no Exército Brasileiro, ofendido de cobra venenosa. (Na foto, o último assentado, à direita).



ROSARINHA é a mãe da única filha, TEINHA, que foi criada na casa de Lilia Middeldorf como filha adotiva.

Teinha, na residência de sua mãe adotiva (LILIA), no dia de seu 5° aniversário.